sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Dieta do pai antes da concepção tem papel crucial na saúde do bebê:

Todo o planejamento de ingestão de ácido fólico que as mães costumam fazer antes de engravidar pode ser estendido para os pais. 

Um estudo da pesquisadora Sarah Kimmins, da Universidade McGill, no Canadá, sugere que a alimentação dos pais antes da concepção pode ter um papel igualmente importante na saúde da prole.

A pesquisa teve foco na vitamina B9 (também conhecida como folato ou ácido fólico), encontrada em folhas verde escuras, cereais, frutas e carnes, conhecida por prevenir abortos e defeitos no nascimento. Pela primeira vez os pesquisadores mostram que os níveis de folato do pai pode ser tão importante quanto o da mãe na formação do feto.

- Apesar de o ácido fólico estar presente hoje em uma série de alimentos, os pais que consomem gordura, fast-food ou são obesos podem não ser capazes de de metabolizar o folato da mesma maneira que aqueles com os níveis adequados da vitamina - explica Kimmins. - E sabemos hoje que esta informação será passada adiante pelo pai para o embrião com sérias consequências.

Os pesquisadores chegaram a esta conclusão com testes em camundongos, e comparando a prole de pais com folato insuficiente na dieta com a prole de pais com níveis adequados da vitamina. Eles descobriram que a deficiência de folato paternal estava associada ao aumento de defeitos no nascimento.

- Ficamos surpresos ao ver que havia quase 30% de aumento em defeitos de nascimento nas ninhadas vindas de pais com deficiência de folato - diz Romain Lambrot, do departamento de Ciências Animais da McGil, um dos pesquisadores que participaram do estudo. - Vimos algumas anormalidades severas como deformidades crâniofacial e espinhal.

A pesquisa mostra que há regiões do epigenoma (o que influencia como os genes são ligados ou desligados, como a informação genética é passada adiante) que são sensíveis ao estilo de vida e, particularmente, à dieta. E que esta informação é, por sua vez transferida para o chamado mapa epigenômico que influencia o desenvolvimento e também podem influenciar o metabolismo e doenças na prole, a longo prazo.

Embora seja conhecido que existe no epigenoma um restabelecimento à medida que o esperma se desenvolve, este estudo mostra agora que, juntamente com o mapa de desenvolvimento, o esperma também transporta uma memória do meio ambiente do pai e, possivelmente, até mesmo de sua dieta e escolhas de vida.

- Se tudo correr como esperamos, nosso próximo passo será trabalhar com os colaboradores em uma clínica de fertilidade, para que possamos começar a avaliar em homens a relação entre dieta, excesso de peso e como esta informação está relacionada com a saúde de seus filhos - diz Kimmins.

Matéria publicada no Portal G1

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Bebidas dietéticas podem fazer com que as pessoas comam mais, aponta estudo:

Pesquisadores notaram que pessoas que consomem essas bebidas ingerem mais alimentos sólidos durante o dia. 

Qual sua primeira atitude ao começar uma dieta para perder peso? Para muitas pessoas, o mais natural é começar trocando as bebidas açucaradas por opções sem açúcar, como os refrigerantes diet ou light. Porém, a ciência tem mostrado que essa atitude mais atrapalha do que ajuda! E um recente estudo publicado no dia 16 de janeiro no American Journal of Public Health só vem para ressaltar essa ideia.

Na pesquisa, os estudiosos usaram como base os dados de uma enquete sobre hábitos diários de alimentação feita com quase 24 mil pessoas entre 1999 e 2010, feita com adultos com mais de 20 anos. Eles dividiram as pessoas entre aqueles que consumiam bebidas açucaradas e os que preferiam as dietéticas e perceberam que por mais que o primeiro grupo consumisse um pouco mais de calorias (2351 kcal/dia contra 2203 kcal/dia), as calorias obtidas por alimentos sólidos eram mais altas no segundo grupo (em pessoas com obesidade, a diferença era de 1897 kcal/dia contra 2058 kcal/dia).

A conclusão foi que pessoas com obesidade consomem muito mais bebidas dietéticas do que as outras e mesmo assim possuem um ganho calórico maior com alimentos sólidos, o que demonstra por que não há mudança em seu peso. Um dos motivos, possivelmente, são os adoçantes, que dão a impressão ao cérebro de que você não comeu o suficiente.

Matéria publicada no site Minha Vida.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Ingestão de gordura pode agravar osteoporose:

Dados da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF, na sigla em inglês) revelam que 33% das mulheres e 16% dos homens acima dos 65 anos têm osteoporose no País. 

Caracterizada pelo comprometimento da massa óssea, a doença, que predispõe o indivíduo à ocorrência de fraturas, tem feito cada vez mais parte na vida dos brasileiros. Em busca de alternativas para a prevenção da doença, Karin Sarkis, nutricionista do laboratório Fleury Medicina e Saúde, resolveu percorrer o caminho inverso e estudar as mulheres com elevada densidade mineral óssea (DMO), ou seja, o oposto da osteoporose.

Depois de analisar cerca de 21.500 exames de DMO, no período de junho de 2005 a outubro de 2010, a presença de DMO elevada foi identificada em 421 exames. No total, 40 mulheres saudáveis com DMO alta foram incluídas no estudo e comparadas a 40 mulheres com DMO normal. Os resultados demonstram que os principais fatores de proteção associados à elevada DMO em mulheres saudáveis são massa magra e ingestão de proteína. Por outro lado, a presença de gordura corporal, um pior perfil lipídico e a ingestão de gorduras saturadas na alimentação desempenham um papel negativo e têm potencial efeito deletério sobre a massa óssea. 

Por Jornalismo Portal EF

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Esteroides anabolizantes provocam efeitos colaterais e uso indiscriminado traz risco à saúde:

Médicos falam também sobre as diferenças entre eles e os suplementos. 

Parece um milagre ou até mesmo uma fórmula mágica, mas o uso de esteroides anabolizantes, apesar de ser uma alternativa fácil e rápida de aumentar a musculatura, oferece riscos à saúde , o endocrinologista Alfredo Halpern e a nutricionista Jéssica Borrelli explicaram que o uso indiscriminado desses produtos, sem orientação médica, pode causar efeitos colaterais, como risco maior de problemas no coração, aumento do colesterol ruim, problemas no fígado, infarto, derrame e até mesmo câncer.

Por isso, os especialistas alertam que essas substâncias não devem ser usadas e não podem ser receitadas nas academias, já que é possível ganhar massa muscular apenas com exercício e alimentação. Em relação ao câncer, o excesso de hormônios dos esteroides anabolizantes, usados de maneira inadequada, estimula o crescimento de células – se uma delas tem uma tendência a se transformar em um câncer no futuro ou se já tem a doença, o esteroide anabolizante pode promover seu desenvolvimento com mais rapidez. Ou seja, ele pode causar um tumor ou acelerar um que já existia, com o risco até mesmo de metástase, como explicou o oncologista Fernando Maluf na reportagem da Natália Ariede.

Esse problema aconteceu com a ex-BBB, vencedora da 12ª edição do programa, Maria Melilo. Por 7 anos, ela tomou esteroides anabolizantes porque queria ganhar massa muscular, mas a consequência logo veio e ela descobriu um tumor no fígado. Atualmente recuperada da cirurgia que retirou 70% do fígado, ela se lembra dos outros efeitos que o esteroide anabolizante causou, como engrossamento da voz, fraqueza no cabelo, colesterol alto e até mesmo alterações no ciclo menstrual.

Fora a desregulação da menstruação, nas mulheres, pode ocorrer também de o pescoço ficar mais largo, o queixo mais quadrado, ela ficar mais agressiva e até mesmo ter calvície. Nos homens, a calvície e agressividade também acontecem, com o risco ainda de aumento das mamas e atrofia dos testículos, como explicou o endocrinologista Alfredo Halpern.

Isso acontece porque os esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos, normalmente derivados da testosterona, que estimulam as células musculares a aumentarem a absorção de tudo que faz o músculo crescer, especialmente as proteínas. Além de aumentarem a musculatura, os produtos também estimulam o crescimento de tecidos, como ossos, peles e órgãos, mas isso acontece com maior intensidade na fase de crescimento. Por isso, é ainda mais perigoso o uso indiscriminado de esteroides anabolizantes na adolescência, porque os órgãos podem ficar maiores do que deveriam.

Fora a testosterona, existe também o GH, outro hormônio também considerado esteroide anabolizante e bem procurado por frequentadores de academia. Esses dois hormônios são produzidos pelo corpo naturalmente, mas muitas pessoas tomam para ficarem mais fortes e diminuir também a massa gorda do organismo.

Existem casos, no entanto, de pacientes que têm falta de produção natural desses hormônios, por causas genéticas ou adquiridas, e os esteroides anabolizantes são prescritos pelo médico. A diferença, porém, é que quando o médico indica os remédios, eles são dados em doses muito menores do que aqueles usados por frequentadores de academia. Fora isso, os pacientes passam por avaliações clínicas para descartar qualquer incompatibilidade com o esteroide anabolizante. Pessoas saudáveis nunca devem e não precisam utilizar esses hormônios, justamente por causa dos riscos que eles trazem.

Por outro lado, existe ainda o suplemento alimentar, também muito conhecido nas academias. A maioria toma aqueles à base de proteína, essencial para o crescimento dos músculos – o mais conhecido é feito com proteína de soro de leite, que é rapidamente absorvida pelo corpo e facilita o desenvolvimento muscular logo depois do treino de musculação. O problema é que muita gente confunde o suplemento com esteroide anabolizante – enquanto o suplemento é um alimento indicado por nutricionistas para ajudar na recuperação muscular, o esteroide anabolizante é uma droga derivada de hormônios.

Segundo a nutricionista Jéssica Borrelli, existem vários tipos de suplementos e não adianta usá-los sem necessidade porque o corpo elimina o excesso. Um dos principais erros de quem toma é usar logo que começa a atividade física – como a proteína serve para repor o que falta, o corpo só vai sentir uma necessidade maior depois de uma intensidade e tempo maiores de treino.

Outro erro é misturar proteínas isoladas com leite – o leite, quando misturado, retarda a absorção. Toma uma dose maior do que a necessária também é errado – muita gente faz isso achando que a absorção será maior, mas de acordo com a nutricionista, a absorção máxima pelo corpo é de 20 a 25 gramas por dose.

Para não cometer esses erros, o ideal antes de optar pela suplementação é se consultar com um nutricionista, que vai avaliar o cardápio, o tempo e a intensidade dos treinos. Como o excesso de qualquer proteína pode sobrecarregar os rins, é fundamental avaliar a necessidade antes de usar essa alternativa.

Matéria publicada no site Bem Estar